quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Derivar Meninos I

O menino acordou esquisito. Estava meio molhado o menino. Ele não tinha feito xixi na cama. Os olhos do menino estavam chorando. O menino foi até o espelho e olhou. Viu uma pinta. A pinta não era uma pinta como as que o menino conhecia. O menino descobriu que a pinta era uma estrela-do-meio-dia que estava deitada na sua cara esperando a noite. Deitada um tanto que já estava dormindo. O menino tirou o chapéu marcha-soldado que usava, cortou as duas pontas e o fez barquinho-de-papel. Entre as águas salgadas e revoltas de olhos que choram o menino pôs-se a navegar. Navegou tanto que chegou até onde nascem as estrelas antes de tornarem-se pintas.

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