quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Na central telefônica, a moça tipo cabelos secos, ouve do outro lado da linha:
- Um apelido para o que não sei?
Sem ter para onde olhar, dentro da cabine, sonha com os dias de celebridade:
- Destino?!
Do outro lado, apenas um rio.
A moça não quer continuar:
- Um minuto, por favor. E desliga-se de si.
A moça abre a gaveta à sua direita e manipula um esmalte,
quer pintar o que sente enquanto do outro lado da linha
o falante, escreve:
barganhei com o voo antes de plantar meus pés no chão
no limite: turbulência
hoje encontrei uma viela escurecida de mim.

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