terça-feira, 24 de abril de 2012

Poema infanto-imperfeito

Na cozinha, a mãe carpia o mato da tradição.
Na sala, o pai cozinhava o sonho da mutação.
No quarto o menino lixava a imaginação.
Todos cantavam de madrugada
E de dia tinham a casa alugada.
Os inquilinos, de tempos outros, eram sombras
Ocupavam a casa de sol a sol com suas obras.
Na noite voltavam para a sua própria morada
Lá onde só se podia ser quando não se era nada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário