quarta-feira, 18 de abril de 2012
Hoje, o homem de chapéu de lã puído, resolveu catar as folhas do chão. Enquanto abaixava-se para os restos que as árvores deixavam de si no mundo, o homem viu que aquilo não era causalidade. Tudo deixava restos. A questão era saber a moral dos restos. O homem já não tinha a mesma desenvoltura de catar depois que começou a pensar dentro da alma dos restos. Estaria o chapéu de lã quase-resto sonhando o homem? Ou eram as árvores a despertar o homem de seu resto de vida? O que todos sabiam era que o chão não estava a dormir o resto de sono que lhe sobrava. A copa estava delgada de restos de folhas por cair. O homem aprendeu do todo da árvore o que ela sabia e o que ela não sabia. Estava a escalar a sua própria insignificância ao dar simpatia aos restos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário