quarta-feira, 30 de maio de 2012

"Solte a criança interior!" - disse uma velha maquiada que "ensinava" sobre a vida.
Enxugando as lágrimas no guardanapo de limpar saudade, a mulher que participava do work-véu respondeu em transe:
- Sim, sim. Voltei a ser criança.
- Impossível. - Gritou o filósofo, fumando um cachimbo de preto velho. E depois riu até o amanhecer.
Lá, uma voz soou até o hoje.
A vida cresce. Há quem foi criança. Há quem adolesceu. Há quem ficou adulto. Talvez não seja mais possível ser criança.Talvez seja vital tornarmo-nos adultos. Talvez só seja possível a exposição total quando chegarmos à vestimenta de autoridade, pele mais grossa. Talvez quando estivermos na palavra autoridade como autoria, como gesto que nasce da proximidade que temos com nós mesmos. Talvez assim possamos gargalhar até o amanhecer.

Um comentário:

  1. Tomar consciência não da criança interior, mas do "EU POSSO",brincar e gargalhar.
    Ass:A mulher em transe

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