terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Talvez no que se olhe para o infinito
Uma viagem inteira.
(por que pegamos o caminho da fé no demasiado finito? - digressiona o escrivão)
O homem de lado
De barriga para cima a mulher.
Avistam o navio.
(Som de atracar)
Tudo resolvido:
Terra firme.
O homem canta espasmos
A mulher tarântula.
Dormem abraçados.
Chega o amanhecer.
Na noite anterior
Dias e horas de transpiração
Gotejamento de dentro.
O homem e a mulher engravidam o céu.
A mulher da à luz dois gemidos.
O homem em grunhido abraça o seu dorso.
Juntos cantam silêncio na noite completa.
Fim de noite.
Sono e abraço de conchas.
A mulher guardada no homem
Perola milagres.

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